PERCURSO

Com um oceano a me separar de minhas raizes geográficas, de repente me vi num pequeno e aconchegante teatro parisiense, para assistir Catherine Zarcate em Salomão e a Rainha de Sabá. Ela era uma contadora de histórias, não uma atriz.

Ulalá! essa criatura fazia no palco o que meu avô fazia à beira do fogão.

Esperava assistir a uma peça de teatro e o que encontrei foi uma contação de histórias, que tirava o fôlego de todos naquele espaço lotado. Então se faz isso em Paris? No teatro? Eu não sabia que em 1989 os franceses já estavam no seu 12o Festival Internacional de Contadores de Histórias.

A distancia geográfica se dissolveu naquele momento e o tempo me levou de volta à infância para reencontrar meu avô Isael, primeiro e mais importante contador de histórias da minha vida. Dele, costumo dizer hoje, herdei a palavra contadora. Mas ainda não sabia disso. Soube no momento em que saí do teatro e, num estado de excitação inspirada, prometi a mim mesma: “contar histórias: é isso que quero fazer pelo resto de minha vida”. Tenho cumprido o prometido.

De regresso ao Brasil em 1993, criei os projetos Convivendo com Arte e Noite de contos, juntamente com a psicóloga Cecília Andrés Caram, em Belo Horizonte.

Com o objetivo de difundir e desenvolver o ofício do contador,  o Convivendo com Arte formou, de 1994 até hoje, mais de 10.000 contadores de histórias, em todo o território nacional.

Noite de Contos foi idealizado para divulgar contos de tradição oral das mais diversas culturas, com apresentações mensais na sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, no Teatro da Cidade, no Teatro da Maçonaria e em outras cidades, entre 1994 e 2002.

Grupos independentes, formados e inspirados pelo Convivendo com Arte, continuam levando adiante os objetivos iniciais desse projeto. Mais de 20.000 espectadores já aplaudiram os contadores de iniciativas como: Grupo Conto Encontro, Passaredo Contadores de Histórias, Tecendo Redes, Grupo Pirlimpimpim, Grupo Encontro na Praça, Grupo Vai e Vem Contando, entre tantos outros.

FORMAÇÃO

Três foram os fios saídos da minha roca que teceram meu ofício de contadora de histórias.

Dois deles foram cardados com certa dificuldade: o fio da educação escolar e o fio da família. O que resultou numa graduação em pedagogia, num mestrado em educação e numa especialização em terapia familiar sistêmica.

O terceiro desses fios, tão fácil de cardar quanto a seda, sutil e agradável ao tato, foi a imaginação criadora, alimentada pelas histórias. Desde muito cedo, e por muitas vezes ao longo da minha vida, as histórias vêm em meu socorro sempre que a situação o requer.

Daí, uma especialização em arteterapia e psicopedagogia e outra em interculturalidade. No urdume do meu tear, os fios da educação e da família abrem espaço para que a trama da imaginação criadora possa passar. O tecido-texto criado daí é minha arte-ofício de contadora de histórias.

ATUAÇÃO

Oficinas, palestras, apresentações e workshops.

PUBLICAÇÕES

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